segunda-feira, 10 de março de 2008

A era de Emerec – A história da comunicação

Aluno: Rui Filipe Silva
Número: 370304013
Texto analisado: “A era de Emerec”

          

 A comunicação é um processo evolutivo e cumulativo, cada nova forma comunicativa agrega-se às existentes mas sem nunca as anular. Assim podemos dividir o processo de comunicar em quatro episódios, em primeiro a Exteriorização, em segundo a Transposição, em terceiro a Amplificação e por em quarto os Self-media.

- Exteriorização - Comunicação Interpessoal -

O primeiro episódio começa com o Homo Sapiens, este ser que estava em desvantagem para com o seu habitat e para com as suas presas tinha uma vantagem por explorar. A comunicação e a sua inteligencia. Exteriorizando as suas necessidades, ideias e desejos estabelece um processo comunicativo que se foi enriquecendo, partindo do seu corpo. A linguagem falada e gestual gradualmente ganha mais consistencia e significados precisos. É aqui que se afirma a sua distinção com os animais. O processo comunicativo do homem evolui ao contrário do dos animais que é estácionario ou revela poucas evoluções. A vista e a audição são os dois primeiros sentidos que perpetuam a comunicação. A vista fornece-lhe uma presença espacial e a audição uma presença temporal. As significações intuitivas desenvolvem-se com os gestos sempre acompanhados pelo som (dança e canto). Esta forma comunicativa permitiu a formação da primeira herança cultural. Neste sentido, a primeira linguagem verbal é acompanhada do gesto, a fala ainda não era um evento único de comunicação, mas sim uma forma de audiovisual. O primeiro media, foi o próprio homem. Este deslocava-se no espaço para reproduzir a mensagem que lhe tinha sido confiada, mas sem antes aferir-lhe a sua propria palavra e gestos fazendo assim com que a mensagem original já não fosse passada, mas sim a sua nova versão.

- Transposicção – Comunicação de Elite –

  A primeira transposição é audiovisual. Posteriormente o homem separa o audiovisual e cria o mundo dos sons e o mundo das imagens (audiosfera, de “Accousphere” e eidosfera de Gaston Bachelard). As linguagens acusticas começam a formar-se em que previligiam os ouvidos e a imaginação, mas apesar da sua evolução e da separação da dança da música, e da fala dos gestos, as mensagens era unidimensionais pois apenas se dedicavam aos ouvidos. Na mesma altura, o homem desenvolve uma forma de comunicação icónica e com códigos visuais, tornando assim possivel transmitir mensagens à distância (sinais de fumo). Assim foi-lhe possivel atribuir significados precisos a alguns objectos, como o dinheiro, ou as esculturas que funcionavam como amuletos de proteção e finalmente o homem estabelece um sistema de comunicação gráfico.

Posteriormente, a invenção da roda estabeleceu um marco importante para o desenvolvimento da raça humana, não só como avanço tecnologico notavel mas tambem pois o homem deixou de procurar objectos e meios de comunicação que fossem extensoes do seu corpo. Vejamos, as armas de caça eram extensoes do braço humano, os coneitos graficos eram extensões tanto da visão como da memória, mas a roda não representava nenhuma extensão do corpo humano, e o mesmo iria acontecer com a escrita fonetica. A escrita fonetica era agora um número de signos que representavam sons, tributáveis, e apenas entendidos por quem os soubesse condificar e descodificar.

- Amplificação – Comunicação de massa –

            Nas comunicações de massa, o homem desenvolve meios para vencer as barreiras espacio-temporais do tempo. Com isto, as obras do comum vão ser reproduzidas até à exaustão fazendo com isto que todos consigam acesso a elas. “ A amplificação dá resposta ao profundo desejo do homem de multiplicar as suas obras.” (Jean Cloutier – A era de Emerec). Esta amplificação foi possibilitada pelo que hoje em dia conhecemos como os mass media. Com os mass media cria-se então os canais de coomunicação com existência de emissor e receptor. Agora existem pessoas responsaveis por difundir a informação/mensagem (emissores) e as restantes dedicam-se a ser receptores/consomidores. Assim os mass media evoluem e deixam de ser um meio de difusão e passam a uma indústria com as suas próprias regras e linguagem. Relativamente à sociedade os mass media forçaram a sua adaptação e alteração da sua ordem, a sociedade de massa formou-se. As formas de comunicação agora interligam-se com as forças políticas, sociais e economicas da sociedade. A dualidad emissor – receptor, agora confunde-se e os consumidores também são emissores e vice-versa.

- Self-Media – Comunicação Individual –

            Os self-media afirmaram-se na era dos mass media e com a evolução tecnologica. Quando o manuseamento dos mass media deixou de ser algo restrito a uma parte da sociedade e passou a ser de conhecimento comum, tanto os seus signos como linguagens, todos os homens que fazem parte da sociedade podem criar o seu próprio media. A fotografia foi a primeira forma de comunicação pessoal, disponivel a toda a gente. O conhecimento profundo de fotografia passou a estar disponivel e também os materiais para a executar. Mais tarde surge a internet que permite então extender a vontade do homem de comunicar, de comunicar o que quer, para onde quer e como quer. A evolução tecnologica permitiu também esta afirmação. O homem dispõe de todos os elementos para ser emissor e receptor a partir de sua casa. Neste novo apogeu da era moderna da comunicção, o homem é o seu ponto de partida e o seu ponto de chegada.

- Funções da Comunicação –

            Cada profissão do emissor visualiza a comunicação de forma individual. Um professor aborda o precesso comunicativo de forma diferente de um publicitário. Relativamente às funções de comunicação, estas são estabelecidas pelo emissor para o fim que ele pretende. Desta feita o emissor pode crer informar, educar, animar ou distrair. Na posição de receptor as funções da comunicação chocam com as intençoes do emissor, o receptor procura então, informar-se, educar-se, anirmar-se ou distrair-se. O estudo individual destas funções pode levar à confusão, mas vejamos o caso da animação. Esta forma induz à emissão de idiais e crenças, a primeira força social a sua esta forma foi a religião que tentava “vender” o seu fanatismo. Reltavimante à distração é uma necessidade que o homem procura constantemente satisfazer por vários meios, o desporto é uma delas. Esta forma é muito dominante na sociedade ocidental. Outra função da comunicação é a de informar. Sendo uma das mais importantes funções, nos primordios permitiu ao homem a sua sobrevivencia, difundindo conhecimentos. Hoje em dia age como uma força de coesão na sociedade dando informações sobre os poderes sociais, economicos e politicos e paralelamente satisfaz também a vontade do homem de saber o que o rodeia.

            Por fim a função comunicativa da educação, um processo que dura a vida inteira de cada ser. O homem é alvo de processos educativos na escola, na familia e da sua propria vivencia e interacção com os outros.

- Mecanismos da Comunicação –

            São vários os estudos que se focam sobre os mecanismos de comunicação. Entre alguns deles temos os esquemas lineares dos investigadores americanos, os esquemas culturais dos actores franceses, os aforismos de Mcluhan e as ambivalencias de Emerec.

            Os esquemas lineares baseiam-se no estudo de Lasswell, um professor de Direito em Yale e foi responsável por esquematizar os processos de comunicação. Lasswell decompos o fenómeno da comunicação em cinco partes, a primeira é o “quem” (emissor), a segunda é “o quê” (mensagem), a terceria “que meio” (medium), o quarto “a quem” (receptor) e por fim “com que efeito” (impacto). Esta esquematização baseia-se em perguntas ao acto de comunicar de forma a descreve-lo e a sua formação partiu da teoria linear matemática que teve como finalidade simplificar os aspectos técnicos da comunicação.

            Relativamente aos esquemas culturais centravam-se mais no estudo de Edgar Morin e nas problemáticas culturais dos mass media, na liberdade de expressão e nos problemas de informação. Morin caracteriza os mass media como uma industria, e a sua força exercida sobre a sociedade cria uma dictomia de produto – consumo. Esta dictomia exponência também a contradição entre criação e produção, duas forças em grande escala que se opõem mas que, em prol de um produto cultural de massas, se juntam.

            Continuando, os aforismos de McLuhan baseiam-se na missiva “o medium é a mensagem”, que significa que a sociedade sempre foi mais influênciada pelo meio do que pelo conteúdo em si. McLuhan defende que todos os meios comunicativos são extensões do corpo humano e das suas capacidades. Neste ponto de vista Mcluhan apresenta-nos ainda os meios quentes e os meios frios, esta distinção permite atribuir aos meios quentes a particularidade de não promoverem a participação e os meios freios promovem-na.

            Por fim as ambivalencias de Emerec e o esquema dinamico e concentro, que suporta tres elementos graficos. O homem representa o emissor e o receptor, os esquemas da comunicação podem ser elaborados a partir de qualquer elemento independentemente da sua posição relativamente aos outros. O esquema de Emerec não é estático, varia constantemente sobre os tipos de comunicação usados. Neste sentido é entao impossivel definir um esquema único de comunicação comum a todos os homens. Quanto a Emerec podemos estabelecer quatro esquemas. O primeiro assente na comunicação interpessoal, em que os participantes trocam mensagens em todos os sentidos e encontram-se no mesmo plano espacio-temporal. O segundo esquema assenta sobre a comunicação de elite, em que o comunicador está numa posição de relevo e priviligiada em relação ao resto do grupo. O caso do professor na sala de aula é um exemplo prático desde esquema. A comunicação de massa sustenta o terceiro esquema. O meio ou media está na posição priviligiada e emite mensagens em grande quantidade saturando o homem e alimentando-se dessa saturação. 

Por fim, o último esquema baseia-se na comunicação individual. Neste esquema o homem está na posição central relativamente a outros medias e a outros homens e pode tanto comunicar com os outros homens como difundir mensagens pelos medias que o rodeiam.

- FlowChart - 


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