segunda-feira, 10 de março de 2008

Analise - "The Social Animal"


Aluno: Tiago Ribeiro
N.º: 370306055
Texto Analisado: "O Animal Social"

• Comunicação em massa propaganda e persuasão

Sempre que ligamos o rádio ou a televisão, sempre que abrimos um livro, uma revista ou um jornal deparamo-nos com alguém que pretende educar-nos, convencer-nos a comprar um produto, persuadir-nos a votar em determinado candidato ou a adoptarmos uma versão sobre o que está certo, o que é verdade ou belo, falamos de comunicação de massas. Pois bem, desde sempre que os media têm um grande impacto na sociedade, a rádio, a imprensa e mais tarde a televisão, esta ultima responsável pela comunicação em massa propaganda e persuasão. O seu primeiro grande feito foi na América em 1977 onde apresentou a sua primeira mini-série de estrondoso sucesso, pois relatava situações do quotidiano da população tais como (violações, divórcios, problemas raciais e até mesmo catástrofes), o que fazia com que esta se prende-se ao televisor durante duas horas de horário nobre. Através disto, a televisão ganhou um papel fundamental na vida das pessoas, pois influenciava as suas atitudes bem como as suas intenções demonstradas em fazer algo de construtivo, mas também as influenciava negativamente. A influência pode ser mesmo muito subtil e até não intencional.
A televisão pode trazer-nos acontecimentos que envolvem acção como jogos de futebol, estes produzem mais entretenimento televisivo do que acontecimentos sossegados, como jogos de xadrez. Os noticiários televisivos tendem a incidir sobre o comportamento violento dos indivíduos – terroristas, manifestantes, grevistas ou polícia, porque a acção produz transmissões mais emocionantes do que o comportamento pacífico e ordeiro. A intenção da comunicação social é tentar entreter-nos e, ao faze-lo, podem influenciar-nos involuntariamente, induzindo-nos a ideia de que as pessoas são muito mais violentas agora do que eram antigamente. Como consequência disto, podemos sentir-nos tristes e mesmo deprimidos quanto à disposição dos tempos ou ao estado do país. O que afecta o nosso voto e até mesmo o desejo de visitar grandes centros urbanos.

O contágio dos meios de comunicação social

O poder dos media é talvez melhor ilustrado por um fenómeno denominado por contágio emocional. Por exemplo, temos á bem pouco tempo o caso “Gripe das Aves” ou “H5n1” que é o nome do vírus causador da gripe aviaria. O surto de gripe aviária infectou pessoas em todo o mundo. De facto, durante vários dias, não se podia ligar o rádio ou a televisão ou pegar num jornal sem se ter novas sobre o “h5n1”. Os resultados desta cobertura alargada foram imediatos, em várias cidades por todo o mundo surgiam relatos deste fenómeno. A reacção do público assumiu proporções de uma espiral: muitos entraram em pânico, procurando assistência médica e até mesmo, deixar de consumir carne proveniente de aves. Esta forma de influência não é, provavelmente, intencional. Os meios de comunicação social não tentam apadrinhar a violência ou criar a ilusão de que a maioria das pessoas é cruel. Mas está claro, a difusão dos meios de comunicação social não pode ser exagerada. Na maior parte das vezes o papel por eles desempenhado no relato de determinado acontecimento torna-se mais mediático do que o próprio acontecimento.

Eficácia da comunicação social

A grande questão é: a credibilidade e a eficácia na venda de produtos (pastas de dentes, aspirina, candidatos presidenciais) através dos meios de comunicação social aumentam? Pode dizer-se que sim. Qualquer criança que aos sábados de manhã se sente em frente á televisão a ver desenhos animados é bombardeada por anúncios sucessivos a publicitar cereais, comida rápida e doces. O objectivo é levar os filhos a pedir aos pais produtos que eles viram na televisão, e este processo parece resultar. Após várias decepções a maioria das crianças, porém acabam por aprender a lição ao fim de algum tempo. Quanto maior é o grau de escolaridade da pessoa, maior é o seu cepticismo e, até, que quem é céptico fica convencido de que está imune à persuasão. No entanto, as caixas registadoras continuam a tilintar, e inúmeros consumidores põem de lado o seu cepticismo, mesmo sabendo que a mensagem não passa de uma forma de vender o produto.

Fonte/Natureza da comunicação

Se um sem abrigo nos tocar a campanhia de nossa casa, e pedir-nos esmola, será que devemos dar? E se por exemplo, um senhor bem vestido, estilo executivo, nos pedisse para contribuir para um banco ou empresa qualquer? Em qual confiávamos? As nossas opiniões são influenciadas por indivíduos que são especialistas e dignos de confiança. A confiança do comunicador (e a sua eficácia) pode aumentar se assumir uma posição aparentemente oposta ao seu interesse próprio. A confiança do comunicador (e a sua eficácia) pode aumentar se não parecer estar a tentar influenciar a nova opinião. Pelo menos no que diz respeito a opiniões e a comportamentos banais, se gostarmos da pessoa em questão e se nos identificarmos com ela, as suas opiniões e comportamentos influenciar-nos-ão mais do que o seu conteúdo avalizaria normalmente. No que diz respeito ás opiniões e aos comportamentos banais, se gostarmos de uma pessoa, tendemos a ser influenciados por ela, mesmo sendo claro que ela nos tenta influenciar e que acaba por lucrar ao faze-lo.
Remetendo-nos agora à natureza da comunicação, suponhamos que queremos provocar medo no público para assim lhe provocar uma mudança de opinião, por exemplo: Se o objectivo for convencer as pessoas a conduzir mais cuidadosamente, será mais eficaz mostra-lhes filmes com uma forte e colorida componente onde se mostram aspectos sórdidos de vitimas de acidentes nas auto-estradas, com corpos desfeitos e ensanguentados, ou será mais eficaz suavizar a comunicação mostrando pára-choques amolgados, debatendo as crescentes taxas de sinistralidade resultantes de uma condução descuidada e salientando a possibilidade de as pessoas terem a sua carta de condução apreendida se tal ficar provado? O senso comum defende as duas versões. Por um lado, sugere que um bom susto obriga as pessoas a agir. Por outro lado, sugere que o medo em excesso pode acabar por não surtir efeito, ou seja, poderá interferir com a capacidade de prestar atenção á mensagem, de apreendê-la e de agir. Ainda dentro deste assunto, suponhamos que queríamos reduzir a taxa de sinistralidade ou ajudar determinadas pessoas a deixar de fumar, sendo que elas eram pessoas com uma baixa auto-estima. Qual seriam os procedimentos a tornar? Se se conceber uma mensagem com instruções claras, precisas e optimistas, poderemos aumentar nos membros do público o sentimento de que podem enfrentar os seus medos e lidar com o perigo. O comunicador usufrui de uma alta credibilidade, quanto maior for a discrepância entre a sua própria perspectiva e a perspectiva do público receptor, mais este se sentirá influenciado; por outro lado, quando a credibilidade do comunicador é duvidosa ou escassa, a máxima mudança de opinião regista-se apenas quando há uma discrepância moderada.

Características da audiência

Nem todos os ouvintes, leitores ou telespectadores são iguais. Há pessoas mais difíceis de persuadir do que outras, o tipo de mensagem é que prende a atenção de determinada pessoa mas que pode não exercer o mesmo efeito sobre outras. A percepção de ver e encarar as coisas, varia de ser humano para ser humano, tudo depende do nível de conhecimento e da auto-estima de cada um. Os indivíduos que se sentem desadequados são mais facilmente influenciados por uma comunicação persuasiva do que os indivíduos que têm uma elevada opinião de si mesmo. Se uma pessoa não gosta de si própria, isso significa que não tem em grande consideração as suas próprias ideias. Uma pessoa com elevada auto-estima poderá entrar em conflito quando discorda com um comunicador de elevada credibilidade, mas se for baixa então o conflito é também reduzido ou nem sequer existe.

Que eficácia têm os princípios?

Como desenvolver a tarefa? Extremamente simples. Em primeiro lugar, escolhe um período de tempo de antena a seguir a um programa altamente intelectual (para ter a certeza de que está a ser visto por pessoas bem informadas) e apresenta um argumento com as duas versões (uma vez que argumentos deste tipo funcionam melhor com pessoas bem informadas). Os meios de comunicação social têm o seu impacto e a perspectiva da realidade que transmitem permanece livre de valores. Os meios de comunicação são apenas uma das fontes dos nossos conhecimentos sobre os sexos e as diferenças étnicas ou grupos profissionais; a informação e as impressões que obtemos através deles exercem provavelmente menos influência se dispusermos também de experiências em primeira-mão.

FlowChart:





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