terça-feira, 11 de março de 2008

Publicidade: a linguagem de sedução a que nos rendemos

Nome do Aluno: Nuno Ribeiro de Almeida
Nº.: 370306017
Texto Analisado: "Publicidade: a linguagem de sedução a que nos rendemos"



Informação vs sugestão / racionalidade vs emoção



A emoção do consumidor, relega para segundo plano a dimensão informativa da publicidade. Os anúncios transmitem mensagens que procuram despertar impulsos irracionais e intuitivos nos consumidores.
Tal como Delbecque defendia, o processo cognitivo da imaginação criativa difere do processo de raciocínio lógico actuando como uma espécie de inteligência intuitiva e subconsciente, porque nos deixamos guiar e influenciar. Para criar uma ligação entre a mente do consumidor e a publicidade, não precisamos de usar uma linguagem directa mas sim tentarmos o mundo imaginário do receptor.



Processo de simbolização



A publicidade ao apropriar-se de determinados símbolos, procura interagir com o publico na interpretação da sua mensagem. Para se perceber estes anúncios temos de perceber o que esses símbolos significam. Assim o produto ganha um significado autónomo que transmite valores, sentimentos e estados de espírito.
São criados elos entre o consumidor e o produto, mas raramente somos incapazes de perceber que na realidade essa ligação não é natural.
Como afirma Williamson, a partir do momento em que essas ligações passam a ser reais, a publicidade acaba por nos vender formulas para expressar e experimentar as mais variadas emoções. Cria-se a ilusão de que podemos atingir uma realidade fictícia e irreal, construindo-se uma realidade alternativa, por vezes aparentemente tão coerente como a vida real.


A “temperatura ideológica” das mensagens


Uma ideologia, longe de ser um sistema de ideias e crenças a que o sujeito pode ou não aderir deliberadamente, possui uma existência material que se traduz numa serie de linguagens, de hábitos, na própria linguagem verbal, a que o homem não pode escapar. Esta ideologia não se manifesta só em ideias religiosas, filosóficas, políticas, mas também no mais banal dos gestos.
O seu efeito sobre o conhecimento e a experiencia real, funciona como um filtro que só nos permite aceder a verdades parciais ao mesmo tempo que desencoraja uma compreensão completa das condições da existência por nunca se auto questionar, e não favorecer a consciencialização.
A ideologia constitui uma relação real com o mundo, na medida em que enforma a maneira como as pessoas realmente vivem a sua relação com as relações sócias que governam a sua existência. A principal função de toda a ideologia é construir indivíduos como sujeitos.
A construção ideológica do indivíduo é segundo Louis Althusser, um facto inevitável, que só pode ser conhecido e desmontado na sua inteireza pelo conhecimento científico, o único discurso capaz de romper com as estruturas ideológicas.
O discurso publicitário dirige-se neste sentido a sujeitos ideológicos, na medida em que só enquanto indivíduos já inscritos na ideologia publicitária, são capaz de descodificar as referencias usadas pelos anúncios e cooperar na construção do sentido dos mesmos.


A criação da identidade no discurso publicitário


O anúncio propõe uma troca de identidades ao destinatário entre a sua identidade enquanto ser do mundo e a identidade projectada de um destinatário, ser do discurso. Ao propor esta troca o anúncio diz-nos que somos e como somos, ou seja, fixa contornos da sua própria identidade. Trata-se de uma unidade fictícia, dado que o anúncio pretende dirigir-se a um só “tu” e finge reconhecer a especificidade e o carácter único desse tu, simultaneamente, dirige-se ao máximos “tus” e provoca os memos efeitos em todos.
O sujeito é apanhado na ilusão da escolha de formas de acção coerentes com as suas características próprias. Somos também criados pelos próprios produtos ao deixarmos que eles falem por nós, substituindo-nos numa forma de alienação.
O sujeito cria uma imagem imaginária de si próprio decorrente dessa que visualizou que é coerente, e possui um sentido de totalidade que o sujeito real não consegue ainda ter.
Mais tarde com o processo de socialização e todas as tensões a que vai ser submetido, o individuo conserva a nostalgia de uma unicidade inicial, uma totalidade ficcional, que a entrada para o simbólico e nomeadamente a inscrição na linguagem lhe retiraram, e que ele gostaria de recuperar.
Desta forma a publicidade vende-nos muito mais do que simples bens de consumo, vende-nos as nossas próprias identidades, identidades que acabamos por ter necessidade. É uma dependência ideológica que a publicidade simultaneamente alimenta e de que sobrevive.


A publicidade como espelho e molde do imaginário


A publicidade: diagnostico psicossocial


Como Schroder e Vestergaard defendem a publicidade pode funcionar como um verdadeiro diagnóstico psicossocial de uma época. Ela baseia-se sempre em estudos sobre os públicos que deseja atingir. Encontra-se capaz de penetrar nas suas consciências e trazer à luz as atitudes, crenças e desejos mais profundos dos sujeitos, que nem mesmo os próprios indivíduos tem acesso directo.
A publicidade reflecte sempre o mais fielmente possível esse conjunto de crenças atitudes ilusões dominantes numa determinada cultura, a que poderíamos chamar de imaginário colectivo, que por sua vez informa o imaginário de cada um dos indivíduos que fazem parte dela. Trata-se de uma construção ideológica a que o sujeito não pode escapar, enquanto membro de uma comunidade, necessita de partilhar com ela um conjunto de marcadores que categorizam e lhe permitem sentir integrado. A coesão do grupo social, segundo Robert Escarpit, depende sobretudo de identidade e de pertença que se tornam vitais para a sobrevivência do grupo.
Nas palavras de Shroder e Vestergraad, a publicidade sente a absoluta obrigação de estar em contacto com a consciência do receptor, não só para captar a tenção como para dispor a favor do produto anunciado. É possível penetrar na consciência do leitor, descobrir as suas esperanças, analisando as estruturas de significado dos anúncios.



A publicidade: instituição socializadora


Se por um lado a publicidade inegavelmente reflecte os sistemas de referência de um grupo cultural, contribui também para moldar o imaginário colectivo.
A publicidade actua na confluência de dois tipos de necessidades, as básicas e vitais, que nos impelem a relacionarmo-nos com os objectos nacionais e a necessidade de pertença social que nos impele a investir os objectos de valor simbólicos que funcionam como senha de entrada e de aceitação do social.
É importante reconhecer a força da atracção que a publicidade exerce e conciliar o prazer de gostarmos de conteúdos e nos rendermos a ele com o prazer de os analisarmos e os descontrairmos, contra a corrente aprendendo a criar resistências face a estruturas de poder que nos impelem a uma atitude de consumismo de mensagens acríticas.
O verdadeiro poder da publicidade não advém de cada uma das suas mensagens isoladas, mas do seu efeito cumulativo e do próprio sistema de significação que subjaz a todos eles.
O uso da publicidade faz dos símbolos os responsáveis pela sua força tão poderosa e incontrolável. Os signos utilizados e os seus valores simbólicos mantêm-se muito tempo na mente do consumidor, mesmo depois de o produto ter já desaparecido.
A publicidade não só reflecte como também enforma o imaginário individual e colectivo sendo esta acção perspectivada por vários críticos como uma forma actual de dominação de consciências.



A publicidade: acção sobre o imaginário


A sujeição dos desejos genuínos seria feita no sentido de lhes ser imposto um único imaginário possível: o imaginário preenchido pelo consumo e pelo enriquecimento material.
Não se daria propriamente um processo de criação de necessidades artificiais mas de apropriações e desvirtuamentos dos desejos originais no homem que não encontrando nenhuma realização efectiva nas sociedades capitalistas industrializadas actuais, se voltariam para a ilusão de reencontrar a felicidade na aquisição de produtos.
Actualmente a dominação não se daria como outrora por meio da violência física nem da imposição de valores políticos ou religiosos mas por meio do domínio das consciências, da imposição de um único grande ideal que é preenchido pelo consumo amplo e irrestrito.
O indivíduo é livre de escolher de entre muitos produtos, mas não de escolher não escolher, e é investido de possibilidades de acção que no fundo se resumem ao consumo solitário e passivo de programas prefabricados.
Apesar de o consumo se assumir como o rito central da nossa cultura, ele não se dá relativamente a bens em si mesmo e por si mesmo, mas relativamente a puras aparências que por não passarem de ilusões se tornam as principais responsáveis pelo perpetuar de um círculo de insatisfações que se alimenta da sensação de vazio do consumidor, quando percebe que o consumo do produto não lhe trouxe a felicidade desejada.
A propaganda torna-se assim um espelho mágico na qual uma interpretação mais subtil nos permite discernir os contornos do generalizado descontentamento popular com a vida quotidiana e com as oportunidades que nos proporcionam a sociedade em que vivemos.
A publicidade funciona assim como um verdadeiro diagnóstico psicossocial em que é possível conhecer um povo.


A tipificação sexual na publicidade


É fácil reconhecer que a publicidade comunica muitas das mensagens através da questão do género sexual. Todavia o reforço de estereótipos sociais/sexuais pela comunicação publicitária não decorre unicamente da exploração e uso deturpado da imagem feminina.
A visão que ressalta deste tipo de mensagens é ainda uma visão altamente tipificada dos papéis do homem/mulher na sociedade. A esfera do homem mantém-se ligada ao poder, decisões, sucesso e riqueza. A figura da mulher é sempre representada maioritariamente como um objecto de beleza e submissão, que enaltece o ego masculino. Mesmo a figura de uma mulher moderna, que tenta integrar-se num mundo de homens, limita-se a seguir as regras do mundo do homem. Todo este método de utilização da imagem masculina e feminina tem um objecto em comum, conseguir a atenção do sexo oposto.
O género cultural corresponde à forma como cada cultura ritualiza as diferenças sexuais biológicas que definem o homem e a mulher.
A questão do género sexual permitiu-nos assim comprovar a publicidade é por um lado um reflexo concentrado das práticas sócias dominantes, ao mesmo tempo que possibilitou que justificássemos a elevação do fenómeno publicitário ao estatuto de instituição socializadora, que nos fornece conteúdos que carecemos para melhor compreendermos, definirmos e reproduzirmos a nossa vida social.


segunda-feira, 10 de março de 2008

A era de Emerec – A história da comunicação

Aluno: Rui Filipe Silva
Número: 370304013
Texto analisado: “A era de Emerec”

          

 A comunicação é um processo evolutivo e cumulativo, cada nova forma comunicativa agrega-se às existentes mas sem nunca as anular. Assim podemos dividir o processo de comunicar em quatro episódios, em primeiro a Exteriorização, em segundo a Transposição, em terceiro a Amplificação e por em quarto os Self-media.

- Exteriorização - Comunicação Interpessoal -

O primeiro episódio começa com o Homo Sapiens, este ser que estava em desvantagem para com o seu habitat e para com as suas presas tinha uma vantagem por explorar. A comunicação e a sua inteligencia. Exteriorizando as suas necessidades, ideias e desejos estabelece um processo comunicativo que se foi enriquecendo, partindo do seu corpo. A linguagem falada e gestual gradualmente ganha mais consistencia e significados precisos. É aqui que se afirma a sua distinção com os animais. O processo comunicativo do homem evolui ao contrário do dos animais que é estácionario ou revela poucas evoluções. A vista e a audição são os dois primeiros sentidos que perpetuam a comunicação. A vista fornece-lhe uma presença espacial e a audição uma presença temporal. As significações intuitivas desenvolvem-se com os gestos sempre acompanhados pelo som (dança e canto). Esta forma comunicativa permitiu a formação da primeira herança cultural. Neste sentido, a primeira linguagem verbal é acompanhada do gesto, a fala ainda não era um evento único de comunicação, mas sim uma forma de audiovisual. O primeiro media, foi o próprio homem. Este deslocava-se no espaço para reproduzir a mensagem que lhe tinha sido confiada, mas sem antes aferir-lhe a sua propria palavra e gestos fazendo assim com que a mensagem original já não fosse passada, mas sim a sua nova versão.

- Transposicção – Comunicação de Elite –

  A primeira transposição é audiovisual. Posteriormente o homem separa o audiovisual e cria o mundo dos sons e o mundo das imagens (audiosfera, de “Accousphere” e eidosfera de Gaston Bachelard). As linguagens acusticas começam a formar-se em que previligiam os ouvidos e a imaginação, mas apesar da sua evolução e da separação da dança da música, e da fala dos gestos, as mensagens era unidimensionais pois apenas se dedicavam aos ouvidos. Na mesma altura, o homem desenvolve uma forma de comunicação icónica e com códigos visuais, tornando assim possivel transmitir mensagens à distância (sinais de fumo). Assim foi-lhe possivel atribuir significados precisos a alguns objectos, como o dinheiro, ou as esculturas que funcionavam como amuletos de proteção e finalmente o homem estabelece um sistema de comunicação gráfico.

Posteriormente, a invenção da roda estabeleceu um marco importante para o desenvolvimento da raça humana, não só como avanço tecnologico notavel mas tambem pois o homem deixou de procurar objectos e meios de comunicação que fossem extensoes do seu corpo. Vejamos, as armas de caça eram extensoes do braço humano, os coneitos graficos eram extensões tanto da visão como da memória, mas a roda não representava nenhuma extensão do corpo humano, e o mesmo iria acontecer com a escrita fonetica. A escrita fonetica era agora um número de signos que representavam sons, tributáveis, e apenas entendidos por quem os soubesse condificar e descodificar.

- Amplificação – Comunicação de massa –

            Nas comunicações de massa, o homem desenvolve meios para vencer as barreiras espacio-temporais do tempo. Com isto, as obras do comum vão ser reproduzidas até à exaustão fazendo com isto que todos consigam acesso a elas. “ A amplificação dá resposta ao profundo desejo do homem de multiplicar as suas obras.” (Jean Cloutier – A era de Emerec). Esta amplificação foi possibilitada pelo que hoje em dia conhecemos como os mass media. Com os mass media cria-se então os canais de coomunicação com existência de emissor e receptor. Agora existem pessoas responsaveis por difundir a informação/mensagem (emissores) e as restantes dedicam-se a ser receptores/consomidores. Assim os mass media evoluem e deixam de ser um meio de difusão e passam a uma indústria com as suas próprias regras e linguagem. Relativamente à sociedade os mass media forçaram a sua adaptação e alteração da sua ordem, a sociedade de massa formou-se. As formas de comunicação agora interligam-se com as forças políticas, sociais e economicas da sociedade. A dualidad emissor – receptor, agora confunde-se e os consumidores também são emissores e vice-versa.

- Self-Media – Comunicação Individual –

            Os self-media afirmaram-se na era dos mass media e com a evolução tecnologica. Quando o manuseamento dos mass media deixou de ser algo restrito a uma parte da sociedade e passou a ser de conhecimento comum, tanto os seus signos como linguagens, todos os homens que fazem parte da sociedade podem criar o seu próprio media. A fotografia foi a primeira forma de comunicação pessoal, disponivel a toda a gente. O conhecimento profundo de fotografia passou a estar disponivel e também os materiais para a executar. Mais tarde surge a internet que permite então extender a vontade do homem de comunicar, de comunicar o que quer, para onde quer e como quer. A evolução tecnologica permitiu também esta afirmação. O homem dispõe de todos os elementos para ser emissor e receptor a partir de sua casa. Neste novo apogeu da era moderna da comunicção, o homem é o seu ponto de partida e o seu ponto de chegada.

- Funções da Comunicação –

            Cada profissão do emissor visualiza a comunicação de forma individual. Um professor aborda o precesso comunicativo de forma diferente de um publicitário. Relativamente às funções de comunicação, estas são estabelecidas pelo emissor para o fim que ele pretende. Desta feita o emissor pode crer informar, educar, animar ou distrair. Na posição de receptor as funções da comunicação chocam com as intençoes do emissor, o receptor procura então, informar-se, educar-se, anirmar-se ou distrair-se. O estudo individual destas funções pode levar à confusão, mas vejamos o caso da animação. Esta forma induz à emissão de idiais e crenças, a primeira força social a sua esta forma foi a religião que tentava “vender” o seu fanatismo. Reltavimante à distração é uma necessidade que o homem procura constantemente satisfazer por vários meios, o desporto é uma delas. Esta forma é muito dominante na sociedade ocidental. Outra função da comunicação é a de informar. Sendo uma das mais importantes funções, nos primordios permitiu ao homem a sua sobrevivencia, difundindo conhecimentos. Hoje em dia age como uma força de coesão na sociedade dando informações sobre os poderes sociais, economicos e politicos e paralelamente satisfaz também a vontade do homem de saber o que o rodeia.

            Por fim a função comunicativa da educação, um processo que dura a vida inteira de cada ser. O homem é alvo de processos educativos na escola, na familia e da sua propria vivencia e interacção com os outros.

- Mecanismos da Comunicação –

            São vários os estudos que se focam sobre os mecanismos de comunicação. Entre alguns deles temos os esquemas lineares dos investigadores americanos, os esquemas culturais dos actores franceses, os aforismos de Mcluhan e as ambivalencias de Emerec.

            Os esquemas lineares baseiam-se no estudo de Lasswell, um professor de Direito em Yale e foi responsável por esquematizar os processos de comunicação. Lasswell decompos o fenómeno da comunicação em cinco partes, a primeira é o “quem” (emissor), a segunda é “o quê” (mensagem), a terceria “que meio” (medium), o quarto “a quem” (receptor) e por fim “com que efeito” (impacto). Esta esquematização baseia-se em perguntas ao acto de comunicar de forma a descreve-lo e a sua formação partiu da teoria linear matemática que teve como finalidade simplificar os aspectos técnicos da comunicação.

            Relativamente aos esquemas culturais centravam-se mais no estudo de Edgar Morin e nas problemáticas culturais dos mass media, na liberdade de expressão e nos problemas de informação. Morin caracteriza os mass media como uma industria, e a sua força exercida sobre a sociedade cria uma dictomia de produto – consumo. Esta dictomia exponência também a contradição entre criação e produção, duas forças em grande escala que se opõem mas que, em prol de um produto cultural de massas, se juntam.

            Continuando, os aforismos de McLuhan baseiam-se na missiva “o medium é a mensagem”, que significa que a sociedade sempre foi mais influênciada pelo meio do que pelo conteúdo em si. McLuhan defende que todos os meios comunicativos são extensões do corpo humano e das suas capacidades. Neste ponto de vista Mcluhan apresenta-nos ainda os meios quentes e os meios frios, esta distinção permite atribuir aos meios quentes a particularidade de não promoverem a participação e os meios freios promovem-na.

            Por fim as ambivalencias de Emerec e o esquema dinamico e concentro, que suporta tres elementos graficos. O homem representa o emissor e o receptor, os esquemas da comunicação podem ser elaborados a partir de qualquer elemento independentemente da sua posição relativamente aos outros. O esquema de Emerec não é estático, varia constantemente sobre os tipos de comunicação usados. Neste sentido é entao impossivel definir um esquema único de comunicação comum a todos os homens. Quanto a Emerec podemos estabelecer quatro esquemas. O primeiro assente na comunicação interpessoal, em que os participantes trocam mensagens em todos os sentidos e encontram-se no mesmo plano espacio-temporal. O segundo esquema assenta sobre a comunicação de elite, em que o comunicador está numa posição de relevo e priviligiada em relação ao resto do grupo. O caso do professor na sala de aula é um exemplo prático desde esquema. A comunicação de massa sustenta o terceiro esquema. O meio ou media está na posição priviligiada e emite mensagens em grande quantidade saturando o homem e alimentando-se dessa saturação. 

Por fim, o último esquema baseia-se na comunicação individual. Neste esquema o homem está na posição central relativamente a outros medias e a outros homens e pode tanto comunicar com os outros homens como difundir mensagens pelos medias que o rodeiam.

- FlowChart - 


Os Efeitos do Consumo Televisivo na Percepção Social

Aluno: João Soberano
N.º: 370306046
Texto Analisado: "The Effects of Television Consumption on Social Perceptions: The Use of Priming Procedures to Investigate Psychological Processes

Segundo estudos efectuados, uma família americana assiste em média cerca de 7 horas de televisão por dia, fazendo assim com que o ‘consumo televisivo’ assuma hoje um papel fulcral nos Estados Unidos da América. A questão que daí nasce é simples, que tipo de efeito secundário tem esse produto no consumidor?
Os temas caem, na grande generalidade dos casos, para o crime, violência e propaganda sexual e os potenciais efeitos que estes têm nas atitudes, crenças e comportamento da população. Prestando maior atenção nos processos que determinam os efeitos do consumo televisivo, foi proposto um novo estudo que não se prende-se somente na interpretação desses efeitos, mas também na sua análise e compreensão.

Pesquisa Sobre os Efeitos da Televisão na Audiência

Um grande numero de estudos feitos no passado defendem a ideia de que a televisão tem um efeito directo nas atitudes, crenças e percepção do espectador. Esta teoria assenta na ideia de que a televisão apresenta uma sistemática distorção da realidade. Assim, quanto mais as pessoas assistirem à televisão (expondo-se a esta distorção de realidade), mais a sua noção de mundo real se difundirá numa ideia de mundo televisivo, influenciando claramente a sua percepção do real. Este pode trazer ilusões (como maior fé na medicina, ou no inevitável divórcio), que muitas das vezes não se revelam minimamente positivas. Se uma pessoa tem certas crenças acerca da realidade social, poderá sentir-se atraída para programas televisivos que confirmem esta mesma teoria. Há assim uma evidente lacuna entre a consciência de que estas questões existem, e o desenvolvimento de um processo psicológico que avalie o cultivo destes mesmos efeitos no espectador. Foram assim elaborados dois estudos com vista a obtenção destes mesmos resultados.

Processamento de juízos e cultivação de efeitos – Primeiro Estudo

Um estudo realizado (Shrum 1995) providenciou um modelo psicológico para entender como o consumo televisivo poderia influenciar a construção de juízos sociais. Este defende que, assistir televisão pode aumentar o acesso a coisas que estão muitas vezes presentes em programas televisivos (como crime e violência). O acesso pode, evidentemente, ser aumentado pela frequência com que estes são vistos, e assim transmitidos e gravados na memória do espectador, criando uma nítida noção de cultivo desse conhecimento. Shrum concluiu ainda que os espectadores mais assíduos não só se entregaram à ideia de que o crime e prostituição prevalecem (um efeito do cultivo) mas também chegaram a estes resultados mais rapidamente (produto da acessibilidade).
Este primeiro estudo têm na mira o papel da fonte, ignorando o efeito de cultivo. Assim, a tarefa foi dividida de três formas. De forma a estipular a fonte, foi pedido aos participantes que fornecessem informação sobre os seus hábitos televisivos antes de partirem para um processo de julgamento. Em seguida, para obter resultados quanto á sua relação com a fonte e os juízos de valor, os participantes foram avisados da possível influência da televisão nos seus resultados antes de estes serem fornecidos. Finalmente, foi-lhes pedido para fazerem julgamentos sem chamar atenção para os seus hábitos televisivos nem seus possíveis efeitos. Chamar a atenção aos participantes é suficiente para estimular a sua mente de forma a ignorar informação televisiva, e assim fornecer informação que não se encontra sob a sua influência.

Método: Setenta e um participantes foram ao acaso escolhidos para participar em uma destas três condições mencionadas. Na última os participantes foram inicialmente levados a completar um questionário sobre as suas crenças na prevalência de crime e ocupação particulares. Em seguida, preencheram um questionário no qual era estipulado a frequência com que assistiam televisão. Na primeira, os participantes primeiro estipularam a frequência com que viam televisão, e só depois forneceram as suas crenças na prevalência de crime e ocupação particular. Na segunda passou-se a mesma coisa, com o acréscimo da seguinte instrução: “Muitas destas perguntas são sobre coisas que se passam na televisão. Geralmente as pessoas tem a confundir isso com a vida real”.
Resultados:
De forma a poder determinar efeitos do consumo televisivo e das crenças na prevalência do crime e ocupação, foram realizadas várias regressões, tanto no campo da exposição televisiva como na própria condição do participante (idade, sexo, salário, etc.). Os resultados apontam para a ideia já esperada de “cultivo de percepção”, onde a ultima tarefa pedida (No priming) atingiu os valores mais elevados de exposição televisiva, enquanto que a primeira (Source Priming) atingiu os valores mais baixos.
Análise suplementar:
Nestas análises foi tido como variável o total de exposição televisiva. Contudo, se as pessoas forem selectivas quanto aos seus hábitos televisivos, a quantidade de exposição, mediante a categoria do programa visto pode ser uma variante a ter em conta nestes resultados.
Discussão:
De uma forma geral, os resultados deste estudo implicam a noção de cultivo, que defende que exposição televisiva é um factor que altera de facto a percepção do espectador no mundo real. Contudo, apenas o facto de se ter alertado o participante da possível influência da televisão na sua resposta foi suficiente para os resultados sofrerem alterações.
Contudo, surge um novo problema. Se a quantidade de ajustamentos que a pessoa faz, contrapondo com a magnitude da sua estimativa, deverá depender na forma como a pessoa se considera um espectador casual ou constante, independentemente da quantidade de televisão que na verdade eles assistem.

Manipulação da percepção do participante quanto ao seu “nível de exposição” – Segundo estudo

Nesta segunda experiência, foram alterados independentemente as condições fornecidas no primeiro estudo, e a própria escala que os participantes usaram para estimar a sua frequência de exposição televisiva. Quando os participantes não são expostos à escala de frequência, antes de dar as suas opiniões, a relação entre o uso da televisão e a realidade social será maior no último caso (no – priming) segundo os resultados do primeiro estudo. No entanto, supondo que é pedido aos participantes para declarar o seu comportamento como espectador televisivo antes de fazer estas estimativas, e estes tentem compensar o resultado de realidade social. Neste caso, deverão ajustar ainda mais, e fazer estimativas baixas quando lhes for dado a escala de frequências baixas (declarando-se assim um espectador constante) ou o oposto se lhes é dado uma escala de frequências altas.
Método:
Desta vez foram usadas 4 condições experimentadas, atribuídas ao acaso pelos participantes. Duas condições foram semelhantes às do primeiro estudo (No-priming e relation-priming / Segunda e terceira), nas restantes os participantes foram sujeitos a um inquérito acerca do seu hábito televisivo, sendo-lhes fornecidas duas escalas (uma alta e uma baixa, tal como mencionado anteriormente).
Resultados:
A quantidade de televisão vista pelos participantes foram significativamente elevadas quando lhes foi dada uma escala de frequência alta (tal como se verificou em 1985 por Schwarz), com um acréscimo de eles próprios terem considerado o seu nível de observação televisiva como sendo menos frequente na primeira condição do que na segunda.
Hipótese:
Se os participantes tentarem ajustar o seu nível de exposição, os resultados serão inferiores quando sendo feitos com uma escala de frequência inferior. Este não foi o caso. Os participantes estimaram que os níveis de crime e ocupação eram inferiores quando a relação entre observação e realidade lhes foi proposta. Estas análises foram efectuadas sob as mesmas condições que no primeiro estudo, e não foram fruto de ajustes.
Discussão:
Os resultados deste estudo confirmam as conclusões tiradas na primeira experiência. Chamar a atenção aos participantes da relação existente entre ver televisão, e a sua percepção na própria realidade elimina o efeito deixado pela percepção das próprias pessoas.

Discussão Global

Foi argumentado no estudo 1 e 2 que o efeito de cultivo pode ser explicado geralmente nos termos de influência televisiva e na própria consciência das pessoas. Sugerem ainda que a exposição à programação televisiva tem uma influência significante na percepção individual de cada sujeito, especialmente no campo da ocupação e do crime, contudo este pode não ser o único factor, outras variáveis podem estar no lugar deste desenvolvimento.
Ambos os estudos serviram ainda para providenciar informação sobre processos psicológicos que sublinham essa noção de cultivo. Parece assim óbvio que, as distorções proporcionadas pela televisão, podem de facto influenciar juízos de valor sociais, e esta influência deverá ser maior para aqueles que vêm mais televisão, e portanto absorvem mais o que ela transmite (tendo aqui em conta que o simples “absorver” implica um cultivo dessa mesma mensagem, e um nítido “colorir” da percepção de cada um).

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Sintese do texto - "O Animal Social"

Aluno: Luis Pessoa Dias
N.º: 370306058
Texto Analisado: "O Animal Social"

A televisão é um dos media mais poderosos dos dias de hoje. Desde os anos 80 que através de pequenas séries e de alguns grandes filmes que vários especialistas se aperceberam das capacidades deste media. A televisão tem a capacidade de criar uma reflexão sobre as pessoas, o público quando visiona algo reflecte de forma involuntária sobre o que viu. Ao reflectir o público está a ser influenciado por este media. Vários filmes fizeram com que o público pensasse em questões não antes abordadas e esses filmes tiveram consequências inesperadas no pensamento das sociedades. Este tipo de consequências não inesperadas pode ser um ponto negativo da televisão pois o tele-espectador pode tirar várias conclusões do mesmo facto logo o efeito que algo pode provocar na televisão nunca pode ser tido como certo.
Com o passar do tempo e aproveitando-se das capacidades deste meio de comunicação vários especialistas questionaram-se sobre se a televisão era um meio de educar as pessoas ou de as convencer. Nós quando estamos em nossas casas a ver televisão somos condicionados de forma passiva por este meio, sem nos apercebermos estamos a receber informação que muitas vezes não queremos e manipulada da forma que nos quiseram dar.
Falando um pouco da capacidade da persuasão da televisão sobre nós, podemos dizer que a persuasão que sofremos deve-se ao facto de estarmos a receber informação por parte de outras pessoas com outros pontos de vista. Quando a informação não é directa(vista por nós) ela automaticamente e filtrado e nós é feito chegar até a nós a informação que os outros nos querem dar sobre aquele facto. A capacidade de persuadir na tv faz com que tenham dito que “na televisão não é preciso ser basta parecer”, ou seja, o tele-espectador pode ser enganado sem sequer de aperceber disso.
Falo agora um pouco da publicidade na televisão. É a televisão hoje em dia o maior meio de publicidade dos nossos tempos e já em épocas passadas mais precisamente nos anos 70 quando ela passou a ser mais popular que se tornou uma maquina de propaganda e de conquista de votos para várias eleições e para convencer certas nações das ideias dos seus lideres. Uma pergunta surge imediatamente,a televisão será propaganda ou educação?
Esta questão é ainda muito actual, para que uma destas duas funções que muitas vezes se misturam possam ter sucesso, a televisão tem de oferecer credibilidade, uma mensagem passada por duas pessoas distintas causa reações distintas e atinge públicos distintos mesmo que a mensagem seja igual.
A televisão é um meio de comunicação e como tal destina-se a uma audiência e a audiência condiciona o conteúdo. Quando fazemos algo em televisão devemos ter em atenção o público a que se destina, pois o tipo de linguagem, a hora do programa etc são condicionadas pelo tipo de público a que se destina isto para podermos persuadir o público da melhor forma. A televisão deve criar um desejo insaciável nas pessoas.

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Analise - "The Social Animal"


Aluno: Tiago Ribeiro
N.º: 370306055
Texto Analisado: "O Animal Social"

• Comunicação em massa propaganda e persuasão

Sempre que ligamos o rádio ou a televisão, sempre que abrimos um livro, uma revista ou um jornal deparamo-nos com alguém que pretende educar-nos, convencer-nos a comprar um produto, persuadir-nos a votar em determinado candidato ou a adoptarmos uma versão sobre o que está certo, o que é verdade ou belo, falamos de comunicação de massas. Pois bem, desde sempre que os media têm um grande impacto na sociedade, a rádio, a imprensa e mais tarde a televisão, esta ultima responsável pela comunicação em massa propaganda e persuasão. O seu primeiro grande feito foi na América em 1977 onde apresentou a sua primeira mini-série de estrondoso sucesso, pois relatava situações do quotidiano da população tais como (violações, divórcios, problemas raciais e até mesmo catástrofes), o que fazia com que esta se prende-se ao televisor durante duas horas de horário nobre. Através disto, a televisão ganhou um papel fundamental na vida das pessoas, pois influenciava as suas atitudes bem como as suas intenções demonstradas em fazer algo de construtivo, mas também as influenciava negativamente. A influência pode ser mesmo muito subtil e até não intencional.
A televisão pode trazer-nos acontecimentos que envolvem acção como jogos de futebol, estes produzem mais entretenimento televisivo do que acontecimentos sossegados, como jogos de xadrez. Os noticiários televisivos tendem a incidir sobre o comportamento violento dos indivíduos – terroristas, manifestantes, grevistas ou polícia, porque a acção produz transmissões mais emocionantes do que o comportamento pacífico e ordeiro. A intenção da comunicação social é tentar entreter-nos e, ao faze-lo, podem influenciar-nos involuntariamente, induzindo-nos a ideia de que as pessoas são muito mais violentas agora do que eram antigamente. Como consequência disto, podemos sentir-nos tristes e mesmo deprimidos quanto à disposição dos tempos ou ao estado do país. O que afecta o nosso voto e até mesmo o desejo de visitar grandes centros urbanos.

O contágio dos meios de comunicação social

O poder dos media é talvez melhor ilustrado por um fenómeno denominado por contágio emocional. Por exemplo, temos á bem pouco tempo o caso “Gripe das Aves” ou “H5n1” que é o nome do vírus causador da gripe aviaria. O surto de gripe aviária infectou pessoas em todo o mundo. De facto, durante vários dias, não se podia ligar o rádio ou a televisão ou pegar num jornal sem se ter novas sobre o “h5n1”. Os resultados desta cobertura alargada foram imediatos, em várias cidades por todo o mundo surgiam relatos deste fenómeno. A reacção do público assumiu proporções de uma espiral: muitos entraram em pânico, procurando assistência médica e até mesmo, deixar de consumir carne proveniente de aves. Esta forma de influência não é, provavelmente, intencional. Os meios de comunicação social não tentam apadrinhar a violência ou criar a ilusão de que a maioria das pessoas é cruel. Mas está claro, a difusão dos meios de comunicação social não pode ser exagerada. Na maior parte das vezes o papel por eles desempenhado no relato de determinado acontecimento torna-se mais mediático do que o próprio acontecimento.

Eficácia da comunicação social

A grande questão é: a credibilidade e a eficácia na venda de produtos (pastas de dentes, aspirina, candidatos presidenciais) através dos meios de comunicação social aumentam? Pode dizer-se que sim. Qualquer criança que aos sábados de manhã se sente em frente á televisão a ver desenhos animados é bombardeada por anúncios sucessivos a publicitar cereais, comida rápida e doces. O objectivo é levar os filhos a pedir aos pais produtos que eles viram na televisão, e este processo parece resultar. Após várias decepções a maioria das crianças, porém acabam por aprender a lição ao fim de algum tempo. Quanto maior é o grau de escolaridade da pessoa, maior é o seu cepticismo e, até, que quem é céptico fica convencido de que está imune à persuasão. No entanto, as caixas registadoras continuam a tilintar, e inúmeros consumidores põem de lado o seu cepticismo, mesmo sabendo que a mensagem não passa de uma forma de vender o produto.

Fonte/Natureza da comunicação

Se um sem abrigo nos tocar a campanhia de nossa casa, e pedir-nos esmola, será que devemos dar? E se por exemplo, um senhor bem vestido, estilo executivo, nos pedisse para contribuir para um banco ou empresa qualquer? Em qual confiávamos? As nossas opiniões são influenciadas por indivíduos que são especialistas e dignos de confiança. A confiança do comunicador (e a sua eficácia) pode aumentar se assumir uma posição aparentemente oposta ao seu interesse próprio. A confiança do comunicador (e a sua eficácia) pode aumentar se não parecer estar a tentar influenciar a nova opinião. Pelo menos no que diz respeito a opiniões e a comportamentos banais, se gostarmos da pessoa em questão e se nos identificarmos com ela, as suas opiniões e comportamentos influenciar-nos-ão mais do que o seu conteúdo avalizaria normalmente. No que diz respeito ás opiniões e aos comportamentos banais, se gostarmos de uma pessoa, tendemos a ser influenciados por ela, mesmo sendo claro que ela nos tenta influenciar e que acaba por lucrar ao faze-lo.
Remetendo-nos agora à natureza da comunicação, suponhamos que queremos provocar medo no público para assim lhe provocar uma mudança de opinião, por exemplo: Se o objectivo for convencer as pessoas a conduzir mais cuidadosamente, será mais eficaz mostra-lhes filmes com uma forte e colorida componente onde se mostram aspectos sórdidos de vitimas de acidentes nas auto-estradas, com corpos desfeitos e ensanguentados, ou será mais eficaz suavizar a comunicação mostrando pára-choques amolgados, debatendo as crescentes taxas de sinistralidade resultantes de uma condução descuidada e salientando a possibilidade de as pessoas terem a sua carta de condução apreendida se tal ficar provado? O senso comum defende as duas versões. Por um lado, sugere que um bom susto obriga as pessoas a agir. Por outro lado, sugere que o medo em excesso pode acabar por não surtir efeito, ou seja, poderá interferir com a capacidade de prestar atenção á mensagem, de apreendê-la e de agir. Ainda dentro deste assunto, suponhamos que queríamos reduzir a taxa de sinistralidade ou ajudar determinadas pessoas a deixar de fumar, sendo que elas eram pessoas com uma baixa auto-estima. Qual seriam os procedimentos a tornar? Se se conceber uma mensagem com instruções claras, precisas e optimistas, poderemos aumentar nos membros do público o sentimento de que podem enfrentar os seus medos e lidar com o perigo. O comunicador usufrui de uma alta credibilidade, quanto maior for a discrepância entre a sua própria perspectiva e a perspectiva do público receptor, mais este se sentirá influenciado; por outro lado, quando a credibilidade do comunicador é duvidosa ou escassa, a máxima mudança de opinião regista-se apenas quando há uma discrepância moderada.

Características da audiência

Nem todos os ouvintes, leitores ou telespectadores são iguais. Há pessoas mais difíceis de persuadir do que outras, o tipo de mensagem é que prende a atenção de determinada pessoa mas que pode não exercer o mesmo efeito sobre outras. A percepção de ver e encarar as coisas, varia de ser humano para ser humano, tudo depende do nível de conhecimento e da auto-estima de cada um. Os indivíduos que se sentem desadequados são mais facilmente influenciados por uma comunicação persuasiva do que os indivíduos que têm uma elevada opinião de si mesmo. Se uma pessoa não gosta de si própria, isso significa que não tem em grande consideração as suas próprias ideias. Uma pessoa com elevada auto-estima poderá entrar em conflito quando discorda com um comunicador de elevada credibilidade, mas se for baixa então o conflito é também reduzido ou nem sequer existe.

Que eficácia têm os princípios?

Como desenvolver a tarefa? Extremamente simples. Em primeiro lugar, escolhe um período de tempo de antena a seguir a um programa altamente intelectual (para ter a certeza de que está a ser visto por pessoas bem informadas) e apresenta um argumento com as duas versões (uma vez que argumentos deste tipo funcionam melhor com pessoas bem informadas). Os meios de comunicação social têm o seu impacto e a perspectiva da realidade que transmitem permanece livre de valores. Os meios de comunicação são apenas uma das fontes dos nossos conhecimentos sobre os sexos e as diferenças étnicas ou grupos profissionais; a informação e as impressões que obtemos através deles exercem provavelmente menos influência se dispusermos também de experiências em primeira-mão.

FlowChart: